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Comunicado – Orientações aos pediatras – Programa Nacional de Vacinação

abril 8, 2017 - Jorge

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Vivemos numa era epidemiológica na qual muitos agentes imunopreveníveis reduziram suas incidências com a vacinação. Uma era em que várias vacinas antigas e novas vêm demonstrando o seu poder na diminuição e erradicação de doenças.

O Programa Nacional de Imunização (PNI) contempla um esquema vacinal louvável, de impacto epidemiológico muito importante e de grande reconhecimento mundial para um país em desenvolvimento. Algumas vacinas ainda não conseguiram ser contempladas no PNI e só são encontradas em clínicas privadas. Para consulta das mesmas pode-se referir nos calendários disponíveis pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Nós, pediatras, devemos sempre estar a par das mudanças e novidades no calendário vacinal e nas novas vacinas. Cabe sempre ao pediatra orientar e documentar em prontuário as nuances dos esquemas vacinais (eficácia, cepas envolvidas, faixa etária de aplicação). Todo paciente, quer seja do SUS ou de clínicas privadas, tem o direito de saber quais vacinas pode receber, seja pelo PNI ou por meio do calendário da SBP e SBIm, Entretanto, em alguns casos a escolha acaba ficando por conta da família que pondera as orientações do pediatra.

Não há registro de surto em Curitiba. O que ocorre é que, infelizmente, há (como sempre houve) mortes súbitas (inclusive em crianças), algumas por doenças infectocontagiosas e outras não. Recentemente, casos graves inclusive com óbito, foram noticiados, alguns ainda sem agente etiológico definido. Sabe-se que, em alguns deles foi o pneumococo, mas ainda não se tem a tipificação da cepa.

Questionamentos e pânico em mídias sociais frente a estes casos acabam generalizando situações pontuais. Não podemos afirmar se estes sorotipos estão ou não na vacina pneumocócica 10 ou 13, nem se essas crianças apresentavam ou não imunodeficiência para pneumococo.

O mais importante é que devemos, sempre, ter serenidade em orientar os pacientes em tudo que estiver em nosso alcance – como vacinar, educar, respeitar as regras, mesmo sabendo que podemos ser surpreendidos por imprevistos. Nestes imprevistos, somos vítimas; e devemos ajudar uns aos outros, evitar criar pânico sem embasamento e certezas, e seguir o correto para cada situação.

Departamento Científico Infectopediatria da Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP).

 

 

 

 

 

 

Jorge

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